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Encontrando a Rosa e a Pérola
J. Apolônio
Paraty- RJ - 2002
Os homens, pelo passar dos tempos, sempre procuraram a rosa negra e a pérola negra, preciosas raridades que despertavam a cobiça de todos.
Assim, vagavam pelas mais longínquas terras à procura da rosa negra, através de vales e montanhas, por matas e florestas, e nada encontravam.
E, também, por rios e mares, nas suas profundezas, procuravam pela pérola negra, nada encontrando.
Ledo engano dos homens, por mais que procurassem, não havia sinal de achá-las.
Certo dia, adentrando num restaurante, deparei-me com uma jovem negra. Seus lábios se entreabriram num suave sorriso, que mais pareciam uma rosa quando desabrocha em plena primavera. Seus olhos brilhavam como pérolas, como se fossem duas estrelinhas que cintilassem em noite escura.
A jovem personificava a rosa e a pérola negras, a quem os homens ansiavam tanto achar. Como feliz dos mortais pude encontrar, por acaso, essa jovem cheia de vida, beleza, formosura e simpatia, que irradiava luz e alegria a todos que pudessem admirá-la.
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