quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Crônica Ah!...Mulher!...























Ah!... Mulher!...
J. Apolônio

Paraty-RJ - 2002


Segundo o poeta: "Em mulher não se bate nem com uma flor."

O que leva a mulher sofrer jocosidades com as imagens de "Yes, it's a woman"?

Atentando-se para o sentido da vida em que todos, sem distinção de sexo, querem galgar os mais elevados pontos, pode-se entender a tranformação das mulheres, competindo com os homens nos seus mais variados interesses.

Assim, vemos a mulher deixar a força de sua feminilidade: formosura, delicadeza, meiguice e doçura, para disputar com o homem seu espaço na sociedade. Seja no desejo do sexo, nos interesses econômicos e financeiros, no lado profissional e, por que não? - na força física, através da musculação, das artes marciais, inclusive na agressividade física, chegando às vias de fato.

Dalila conseguiu conquistar Sansão, não pela força, mas pela fragilidade, de onde emana toda a sua feminilidade, com as qualidades acima mencionadas.

Oh! Mulher!..., por que não continua como Dalila, em vez de ser Sansão?!!!...

Recordo ainda, do meu tempo de criança, quando estudava no primário, a leitura de um texto, que dizia mais ou menos assim: " Num determinado ponto de uma grande floresta existia um carvalho e ao seu lado uma taquara. O carvalho possuía um tronco robusto com seus galhos ficando acima das demais árvores. Quando ocorria um vento que atingia o local, a taquara, por sua fragilidade, dobrava-se, curvando-se toda. Nesse momento podia ouvir-se o carvalho, todo imponente e soberbo, ridicularizar a pobre da taquara. Os dias se passavam e a pobre da taquara tinha que agüentar o menosprezo do metido carvalho. Certa vez, o céu ficou negro, chovia torrencialmente com uma ventania muito forte, ouvindo-se o ribombar dos trovões, com os luzires dos relâmpagos e raios. A floresta toda se quedara num absoluto silêncio. A pobre taquara diante da tempestade, com toda aquela ventania, curvara-se, chegando aos rés do chão, podendo ainda ouvir as risadas depreciativas do carvalho. O estrondo de um trovão, ali perto, deixara todos na floresta agoniados e preocupados.
Após a passagem da tempestade, no dia seguinte, com a aurora, a pobre taquara já imaginava a gozação que sofreria do carvalho, mas, para sua surpresa, não ouvira nenhum gracejo do velho senhor. Sentira um forte cheiro de queimado, o que a deixara preocupada, pois a pior coisa que poderia acontecer era um incêndio na floresta. Porém olhando ao lado, pôde constatar que o velho carvalho se encontrava em cinzas. Um raio o atingira desde sua copa mais alta até o chão, destruindo-o totalmente.
Assim, podemos entender que nem sempre o mais forte leva a melhor.






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